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Estudar Física por Livros em Inglês?

 "Estudar Física por livros em inglês?" Essa foi a pergunta que eu me fiz quando recebi quais seriam as referências de livros mais ou menos na metade do meu bacharelado em Física .  Podemos pensar: se Física já é difícil , para que complicar mais ainda, aprendendo em outra língua ? Por um certo tempo, enfrentei uma resistência a ler livros assim na faculdade , sempre procurando os livros em português.  Mas, durante a graduação , conforme fui avançando, percebi que cada vez menos as referências escolhidas como principais pelos professores eram em português, até que resolvi dar uma chance para descobrir se eu poderia estar errada em resistir.  Pelo que me lembro, comecei essa experiência com o livro do Marion, de Mecânica Clássica . Peguei um bloquinho de notas e comecei a usar para escrever as traduções das palavras que eu havia acabado de aprender.  Passei a ver que muitas palavras se repetiam, como "hence" (consequentemente) , "spring" (mola) , ...

10 Dicas para Fazer uma Boa Iniciação Científica - Minha experiência com a Física Experimental no CBPF

10 Dicas para Fazer uma Boa Iniciação Científica - Minha Experiência com a Física Experimental no CBPF


Imagem ilustrativa criada por inteligência artificial.

As seguintes dicas foram preparadas com muito carinho por uma física e não estão necessariamente em ordem de relevância, então sugiro ler todas:

1) Faça uma espécie de relatório com data e descrição das atividades que você fez no dia, para sempre ter noção de quando e o que você fez durante seu projeto (pode parecer simples, mas faz uma grande diferença, porque depois com um grande volume de matérias na cabeça, fica fácil esquecer um detalhe ou outro, e você pode precisar dessas informações no futuro);

2) Faça boas legendas nos arquivos com seus dados, crie quantas pastas forem necessárias para organizar o que obteve nos experimentos, de uma forma que garanta que não vá se perder depois, quando tiver que analisar, e faça isso conforme for gerando mais em análises também, não só nos dados obtidos ainda sem análise (diferencie, inclusive, se precisar);

3) Durante os experimentos, faça tudo com muita atenção, porque faz parte errar, mas alguns erros a gente pode evitar com essa cautela, por exemplo, para manipular amostras, essa parte mais mão na massa mesmo (mas sem deixar o medo tomar conta paralisando, ok? Eu já errei também, não tem como ficar sem errar em todos os momentos, e quando errar, pense no que pode fazer de diferente da próxima vez);

4) Saiba aonde quer chegar e como, em termos de objetivos e tarefas, com antecedência, por exemplo, conversando em uma reunião com o orientador sobre o que é esperado e em quanto tempo mais ou menos, veja como está a agenda do laboratório, quais equipamentos e materiais vão estar disponíveis dentre os que você precisa na próxima vez, como consegui-los e com quem, para garantir que vai ter o necessário no dia;

5) Anote tudo o que conseguir do que aprender, observando ao máximo, grave as explicações se puder (vídeos ou voz), durante as boas oportunidades, como experimentos, ou até mesmo, se não fizer nenhuma dessas alternativas por algum motivo, na verdade independentemente de fazer ou não, considere gravar áudios ou escrever sobre tudo o que lembrar do que aprendeu no dia, para fixar melhor e registrar antes que esqueça;


                                                                  Imagem ilustrativa criada por inteligência artificial.

6) Aproveite muito bem o seu tempo no laboratório, porque enquanto está lá o mais importante é fazer as atividades que você só pode fazer lá, por exemplo, a parte do estudo em si é melhor que faça em outros momentos, para focar na prática, que depende da estrutura do ambiente, então é algo que não pode fazer em casa;

7) Sempre no início, tente mapear na mente o que vai fazer e pense em formas de gerenciar o tempo, como se é possível realizar etapas simultaneamente e com bom rendimento, e na melhor ordem das atividades;

8) Faça perguntas, da forma mais produtiva que conseguir, nas horas mais ideais que encontrar. Tente acompanhar os trabalhos de seus colegas de equipe, se tiver, principalmente com relação à parte do passo a passo dos procedimentos;

9) Leia dissertações de mestrado e/ou teses de doutorado dos integrantes do seu grupo, sejam eles atuais ou antigos, que já trabalharam no laboratório, peça orientação deles e do seu orientador com relação ao que é bom ler sobre livros com temas relacionados e capítulos principais, e leia artigos científicos, tanto feitos no grupo, quanto externos, relacionados à sua ênfase da Física (você pode encontrá-los no Google Scholar, por exemplo);

10) Lembre sempre do que te move, e acho que parte do que move todo estudante de física ou já com formação é saber cada vez mais sobre como as coisas funcionam (acredito que isso venha naturalmente
com o tempo, se não for de imediato), procure por cada vez mais motivos para ficar, além da motivação pelo estudo em si, tenha a certeza de que essa experiência pode trazer oportunidades incríveis ao longo da sua carreira.


                                                              Imagem ilustrativa criada por inteligência artificial.

Transformar todas as informações em seus próprios tutoriais vai poupar muito tempo no futuro e te ajudar a ganhar independência mais rápido.

A maior parte da minha experiência com iniciação científica veio ao longo de mais de dois anos no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Aprendi muito em equipe e com o apoio dos orientadores que tive, em um ambiente com estrutura incrível.
Fico feliz que esse dia de compartilhar essas dicas tenha chegado!

Inclusive, soube que as inscrições desse ano de 2025 para bolsa de iniciação científica no CBPF estão abertas até o dia 29 de agosto. Recomendo muito se inscreverem! Se tiverem interesse, chequem o seguinte link e veja o edital para mais informações sobre os requerimentos e a inscrição:


Em breve, quero trazer mais informações sobre a minha experiência no CBPF.

Se tiver perguntas, pode mandar aqui! Espero ter ajudado! Boa IC para vocês!

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